A Comunidade Jongo Dito Ribeiro consiste em jongueiros, formados por um grupo de pessoas e familiares, que reconstitui a manifestação do Jongo em Campinas/SP através da memória de Benedito Ribeiro, de rodas com toque, canto e dança, com o objetivo de compartilhar e continuar com essa manifestação ancestral. Nossa missão é reconstituir a cultura ancestral do jongo nos mais diversos espaços, para todas as pessoas de diferentes credos, etnias e idades, priorizando as comunidades e grupos que atuam no universo da matriz africana. Nosso objetivo é reescrever e escrever a história do jongo em Campinas/SP de modo a possibilitar que a manifestação cultural seja expandida e respeitada nas suas mais variadas formas, utilizando como elementos para atingir esse resultado: a descontração, alegria, afeto, boas energias, paciência com o momento individual de cada um, melhoria da auto-estima, mudança do indivíduo de dentro para fora, autonomia e a preservação de nosso toque, canto e dança de jongo praticada em nossa comunidade. Em Campinas, a Comunidade Jongo Dito Ribeiro foi batizada com esse nome em homenagem ao saudoso Benedito Ribeiro, avô da Mestra e Liderança Alessandra Ribeiro, que chegando em Campinas na década de 30, vindo do interior de Minas Gerais manteve a tradição do jongo recebido por seus antepassados, através das realizações de festas aos santos católicos. Desde 2002, a Comunidade Jongo Dito Ribeiro vem se firmando, realizando trabalhos de reconstituição, composição e pesquisa com o objetivo de manter viva a chama dessa descendência, trazendo essa importante manifestação da cultura popular afro-brasileira, elemento de resistência e união para a sociedade. Atualmente, a comunidade se apresenta em escolas, universidades, quilombos, Sesc, festas oficiais e festivais. A sede da Comunidade Jongo Dito Ribeiro fica na Casa de Cultura Fazenda Roseira que é uma conquista do movimento negro e do movimento popular, sendo uma referência agregadora da cultura afro-brasileira dentro da cidade de Campinas. Trata-se de um casarão histórico do final do século XIX que se tornou um equipamento público em 2007 por conta do loteamento da área da antiga Fazenda, e que, a beira da destruição e depredação, foi ocupada pela Comunidade Jongo Dito Ribeiro e outros grupos, movimentos sociais e religiosos de matriz africana que já organizavam-se em rede.